quarta-feira, 13 de abril de 2011

I Workshop de Branding - UniCuritiba

Olá caros, 

Hoje é um dia que não tenho a primeira aula. A segunda aula de hoje seria a participação num evento realizado pela própria faculdade, porém, em outra sede.
Motivada pela necessidade da presença pontual da minha colega que supostamente teria uma prova no momento do evento e precisava de uma carona, fui na palestra no meu "horário livre". Antes do que de costume nas quartas-feiras.
I Workshop de Branding... I... I... I... (t.e.n.s.o.)
(Fiquei com medo!)

Foram 3 apresentações, Sérgio Montesserrat com o conceito de humanismo da Fiat Barigui, Ana Flávia Rodrigues, com a tão surpreendente cerveja Bavária Clássica e o Hélio Silva, com o case do BIS.

(Eu não tinha comido desde o almoço, estava com fome e sem dinheiro. Confesso que fui motivada a ficar até as 22:30h por causa do sorteio de brindes.. e eu estava focando naquela mochilinha do Kuat.)

Não quero falar da Fiat Barigui agora. Mas foi legal ver aplicado na comunicação esse conceito de humanismo.
A cerveja Bavária Clássica foi uma surpresa. Quando eu era criança e morava no interior, eu até dancei "quadrilha"ao som de Hoje é sexta feira, traga mais cerveja... tô de saco cheio...
Não sabia é que o market share dela era tão alto! As ações em rodeios que ela faz são super fortes, e realmente abalam o mercado nas cidades do interior.



Investimento! 
Foi assim que a Ana Flávia descreveu os R$200.000,000 - em média - gasto em cada rodeio realizado.
(Depois de ver o povo bebendo cerveja no churrasquinho, eu estava roxa., fazendo malabarismos com as bolinhas anti-stress que ganhamos na entrada e as perdendo pelo chão.)

Mas o mais bacana foi o case do Bis, contado por Hélio Silva, que trabalhou singelos 14 ANOS na Kraft. (Foi isso mesmo?)

O Bis é assim, o primeiro no mercado de bite size - produto de consumo compulsivo instantâneo - no Brasil. Domina o mercado. Sempre. Desde sempre. Para sempre.
Porém, a empresa descobriu que poderia aumentar as vendas. 
A embalagem de celofane do antigo Bis de caixinha não estava dando conta de manter as características do produto dentro do seu shelf life. As reclamações no SAC de comprar aquele Bis de caixinha amanhecido já eram demais. E através de pesquisas ele descobriram que o Bis não era um produto de consumo contínuo.
Eles precisavam de uma continuidade de consumo, e para isso era preciso aumentar o shelf life do produto. Pois, no backstage, tempo de produção e logística de entrega ao PDV é tanto que super diminui a validade do produto, diminuindo seu tempo de consumo.
Saída: Mudar a embalagem. Mas qual?
O Bis é embalado duas vezes, primariamente com a embalagem de papel sobre o chocolate e secundariamente pelo celofane que envolve (ia) a caixinha. Ok, quando a pessoa abrir a caixinha, a embalagem secundária já era. Uhuulll... então vamos mudar a embalagem primária! #not

Nas suas super pesquisas, descobriu-se que a embalagem de papel do Bis era reutilizada, fosse para marcar algum recado, estilo post-it, fosse para enrolar o chiclete ou mesmo pra ser amassada. (Que experiência amassar papelzinho de Bis. A verdade é que não é que é preciso comer mais de um Bis, é preciso amassar mais de uma embalagem do Bis. Isso sim é necessidade.^^)


Mas tudo bem, por que também foi descoberto em outra pesquisa que o tempo médio de consumo de uma caixinha de Bis com 18 unidade é de 4 HORAS E 6 MINUTOS! 
(exagero, comigo não dura tudo isso)
Enfim, eles mantiveram as características da embalagem, que se relacionavam com o consumidor (como o ponto no i e o apelo do consumo imediato com a imagem de um Bis mordido com chocolate derretido).
(Não existia mais eu. Eu tinha me transformado numa poça. De baba.)
O hábito de consumo foi mantido! A embalagem de papel também!


RESULTADO:
- +  pontos de market share (de 84% a 89%);
- novas ocasiões surgiram para consumir o chocolate (pois agora com o maior shelf life era possível comer Bis em lugares inimagináveis);
- consumidores enxergavam maior valor ao produto (crença).


E A COMUNICAÇÃO?
Para informar os benefícios da nova embalagem não foi feito nada. O que foi feito é logístico. Colocar o Bis a venda em lugares antes impensáveis. Tipo na praia. As pessoas começaram a perceber.. "hum... posso viajar e levar Bis que ele não fica mais amanhecido."


E OS BIS(es) LARANJA E MORANGO?
Canibalismo de mercado. O consumidor não quer, mas é preciso mostrar aos concorrentes que a marca está ativa!


E O BIS LIMÃO QUE ESTÁ INVESTINDO BASTANTE EM COMUNICAÇÃO AO CONSUMIDOR FINAL?



Segundo o Hélio Silva, que agora não trabalha mais na Kraft, além desse sabor ter sido solicitado pelos consumidores, isso pode ser um teste de tendência.
E se der mesmo certo, vale a pena tirar 2 pontos do Bis Afro e ganhar 4 pontos no total de venda dos Bis(es).




Ah, esqueci de contar. No final, fui sorteada com um ingresso para o Marketing 2.0. Como eu já tinha comprado, troquei com uma menina por uma mochila e pen-drive do Kuat. (Aquela que eu estava de olho, e ainda vinha um pen-drive ;)



Viu o que você perdeu? A chance de ganhar uma mochila, um pen-drive e um ingresso!


Xoxo.

3 comentários:

Stachon disse...

Ilustre Amanda. Como gostaria que todos os humanos fossem assim. Já é difícil de "coagir" a uma palestra, quem dirá escrever tudo isso. Vai valer como ponto extra na minha materia.

Mas só pra corrigir, o investimento no rodeio era 200 mil reais para comprar o rodeio. O restante ela não falou, mas citou: Milhõessssss

Parabéns.

Amanda Riesemberg disse...

Ops! A parte do MILHÕESSSS eu super gravei ;)
Obrigada Prof! ;P

sergio montesserrat disse...

Que bacana ver que vc participu e "se deu bem" Amanda!! Sérgio Montesserrat

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